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Experiência religiosa no canbomblé

Autor: Odalgil Nogueira de Camargo
Págs.: 225
Edição: 1ª
Formato: 14x21 cm
Idioma: Português
Lançamento: 2013
ISBN: 9788582000250


 

Contracapa

Charles Pimentel,
editor

Uma das mais sábias mensagens deste livro vem de uma simples mas importante frase: ''o fato de muitas pessoas serem, ao mesmo tempo, membros do candomblé e da Igreja católica, não é visto como contradição, pois as duas experiências religiosas servem à busca de harmonia para a vida.''

Com esta vigésima obra, em 30 anos de práticas, estudos e difusão do candomblé, Odalgil Nogueira de Camargo coloca-se ao lado dos grandes que cultuam a esperança por uma vida de felicidade e um mundo sem guerras. Para completar os princípios do candomblé, não poderiam faltar a fé e a caridade, que se explicam neste livro, junto da esperança, como as relações das forças do candomblé com o homem e com o universo. Aí entram os orixás, os níveis aiyê e orum e Olorum, este onde se condensa toda a existência, porém sem arquétipos.

A pesquisa deste livro vem para somar-se à da obra anterior, ''Fundamentos...'', e traz explicações mais profundas sobre o relacionamento do indivíduo com os seus orixás, exatamente onde está a prática diária do dar-e-receber, que segundo o candomblé, é capaz de determinar a vida harmoniosa que tanto almejamos.

Abas

Lúcia M. da Silva Souza
Bibliotecária do Museu
de História da Medicina
do Rio Grande do Sul.

Este importante e maestral estudo pode até sacudir os pensamentos dos que ainda não compreendem os elementos de história do candomblé. Porém, vale a pena conhecer as forças dessa religião, expressas na cosmovisão religiosa e em seu culto, a identidade e a forma de interação dos orixás, nosso plano terreno e a nossa ligação humana com suas energias, ou simplesmente: "dinâmica da vida". Camargo explica por que os orixás não podem viver sem seus filhos; fala da busca da plenitude, da comunidade e do o estreito laço, que é o caminho para a integração.

Uma exitosa interação com os orixás é, então, essa maravilhosa conexão que permite a transmissão do axé, a energia que tudo transpassa, movimenta e possibilita.

De acordo com Camargo, o candomblé tenta dar uma resposta à pergunta mais elementar do ser humano, sobre o sentido da vida. Esta explicação vem num capítulo à parte, bastante elucidativo a leitores, simpatizantes, curiosos ou historiadores do candomblé.

Esta é uma obra positiva, harmoniosa e especial, no que diz respeito à busca do equi-líbrio da vida com os verda-deiros laços entre indivíduos e seus orixás.

Prefácio

Babalorixá Odalgil Nogueira de Camargo

Em 1983, foi lançada a primeira edição do livro Fundamentos religiosos do candomblé, com uma tiragem de apenas 50 exemplares, distribuída somente aos meus filhos-de-santo, para aprimorar suas caminhadas espirituais.

Em 2006, uma segunda edição, já mais elaborada, foi impressa para levar também aos associados todo o ritual realizado, por ocasião das festas e obrigações dos filhos-de-santo. Esse conhecimento compartilhado agregou mais valor e confiança ao trabalho realizado em nosso illê, pois procurei descrever os elementos da história do candomblé e esclarecer os primeiros passos de iniciantes e iniciados, a condução de uma casa-de-santo ou terreiro e os preceitos do candomblé.

Em 2013, passados sete anos de aprimoramento e aprofundamento nesses estudos, lanço este trabalho, A experiência religiosa no candomblé, para dar sequência e completar tudo o que foi abordado naquela segunda edição, denominada Fundamentos religiosos do candomblé.

Agora, o candomblé é apresentado através de seu caminho em busca de harmonia. Quero explicar o porquê de seres humanos e orixás estarem intimamente ligados nessa religião. De forma que uns não podem ser entendidos sem os outros, pois eles se possibilitam mutuamente. Isso dependerá tanto do destino pessoal de cada indivíduo, como do destino de todo o sistema terreno.

A ordem do mundo, na qual os seres humanos podem encontrar sua realização, é, no fundo, consequência de sua harmonia com os orixás. Dentro dessa delicada interação também está a harmonia entre orum e aiye, os dois níveis de existência.

Cada indivíduo está inserido, então, em um sistema de responsabilidade pela harmonia, através de sua inserção na comunidade. Essa integração abre a cada um o caminho para entrar em contato com seu orixá. Quando isso acontece, há uma troca de axés e aí a dinâmica da vida é garantida.

No candomblé, o relacionamento entre seres humanos e orixás tem um significado tão decisivo, que se pode dizer que toda a religião é constituída à base desta relação. Vou expor o eixo dessa religião, expresso na experiência que cada indivíduo tem com seu orixá.
O exercício para este contato é o ponto central do processo de iniciação. Já a sua manutenção é o objetivo permanente de toda a atividade religiosa. Pois, para mim, a vida é lida, interpretada e organizada a partir disso. A experiência religiosa no candomblé vem a ser, portanto, indicadora e reguladora da vida de todos os fiéis.

Apresentação

Da filha-de-santo Jocelaine de Oxum

Diante de uma casa de candomblé, a expectativa que paira é a de desconhecido e poder mágico inerente. Muitas vezes, não se sabe nem por onde se deve entrar, ou como começar a conhecer esse universo religioso. É por isso que, quando temos em mãos uma obra como esta – séria, mas simples e prática –, a direção e os meios certos para conquistarmos a harmonia em nossas vidas tornam-se nítidos. E com a troca de energia, por meio do culto aos orixás, podemos fazer isso da melhor maneira possível.

A palavra experiência é etimologicamente interessante, pois, decomposta, significa: "ex" = para fora; "peri" = limite, fronteira; "encia" = conhecimento. Então, logo se vê que experiência tem a ver com o conhecimento de ultrapassar o limite, de romper a fronteira. Portanto, percebe-se que o objetivo do autor é o de que suas experiências no candomblé sejam um instrumento para que as pessoas possam ultrapassar seus limites, no sentido de viver em equilíbrio entre material e espiritual.

Para que possamos compreender como tudo iniciou, Camargo faz uma abordagem da história do candomblé, contando a origem do mundo, os níveis da existência – aiye e orum –, as forças, o culto e a consequente ordem que deve ser cumprida e respeitada.

Também somos agraciados com outro enfoque de conhecimento inestimável, o de que o ser humano, desde sua concepção, é portador de um orixá; que é, ainda, responsável pela interação com essa força através do culto junto à comunidade; pela alimentação, por meio da oferenda... Quando isso ocorre, acontece também a unidade entre orum e aiye, os dois níveis que formam uma totalidade. Os orixás precisam dessas manifestações, dessas oferendas, pois assim são mantidas suas forças sagradas vitais, chamadas de "axés".

Ao ler esta obra, aprendi, e isso vai ficar claro também aos demais leitores, que o candomblé é prática diária de dar e receber. Na linguagem dessa religião, esta é a busca mais importante: a da recomposição da unidade inicial e da sua significação: a não limitação. E, assim, vamos sendo despertados para a importância da ligação entre seres humanos e orixás; para o significado disso tudo, assim como para a transmissão do axé e do equilíbrio que deve haver para que este possa ser mantido.

Sumário

Prefácio / 15

Apresentação / 17

CAPÍTULO I - Elementos da história do candomblé / 23

Olorum, aiye, orum e as três forças: a cosmovisão religiosa / 29
Os dois níveis de existência: aiye e orum / 30
Olorum / 35
As três forças: iwá, axé e abá / 39
A ordem do mundo e a preservação do equilíbrio: o culto e seus locais / 40
O terreiro / 45
O culto / 52
O sacrifício / 60
A organização sócio-religiosa: comunidades e famílias / 64
A feitura do santo: alguns elementos da iniciação / 74

CAPÍTULO II - Os orixás / 83

Âmbito e influência da ação dos orixás – pessoa e instituição / 89
Os orixás como seres / 94
Bará/Exú / 96
Oduduwa / 104
Yemanjá / 106
Xangô / 108
Oyá -Yansã / 110
Oxum / 112
Obá / 113
Ogum / 114
Oxossi / 116
Omulu – Obaluaiyê – Xapanã / 118
Nanã / 120
Oxumaré / 122
Ossaim – Ossanha / 123
Ibeji / 125
Iroko / 126
Ifá / 127
Oxalá / 129
O relacionamento entre pessoas (fiéis) e orixás – a responsabilidade pela ordem do
universo / 132
O mal – um distúrbio no equilíbrio / 140

CAPÍTULO III - Axé, a energia que tudo traspassa, movimenta e possibilita / 145

Axé – ligação entre seres humanos e orixás / 147
Dinâmica da vida / 151
O significado do axé na organização social e religiosa
e a sua transmissão / 153

CAPÍTULO IV - A experiência dos orixás– um balanço / 157

CAPÍTULO V - A eterna busca da unidade perdida / 161

A origem como critério / 162
Todo ser humano é portador de um orixá / 167
Os orixás não podem viver sem seus filhos / 171

CAPÍTULO VI - A integração do ser humano
como consequência da experiência religiosa / 177

Pessoa e integração / 178
A experiência religiosa como caminho de integração / 185
A comunidade como lugar de integração / 190

CAPÍTULO VII - A troca: a possibilidade de vida / 193

O ser humano na comunidade como mantenedor da vida / 194
A forte ligação com aquém na relação com o orixá / 196

Perfil biográfico  / 199

Dia 17 de dezembro de 1999: / 208
Dia 22 de agosto de 2000: / 209
Dia 7 de setembro de 2005  / 210
Em janeiro de 2006 / 210
No dia 04 de junho de 2006 / 211
No dia 23 de agosto de 2006 / 211
México – No dia 21 de dezembro de 2007 / 212
No dia 13 de dezembro de 2009 / 212
No dia 23 de abril de 2010 / 213
No dia 31 de agosto de 2012 / 214

Bibliografia / 217

 
 

 

   
   
      


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