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Aspectos pedagógicos da capoeira

Autores: Fábio André Castilha
Págs.: 160
Edição: 1ª
Formato: 14x21 cm
Idioma: Português
Lançamento: 2012
ISBN: 9788582000175

 

 

 

 

 

Abas

Capoeira na formação infantil e adolescente?

Crianças em idade escolar têm neces-sidade de se movimentar e todo o movi-mento é resultado de um aprimoramento prévio (desenvolvimento motor), que, com a capoeira, é especialmente mesclado a condutas internalizadas pelo aprendizado em geral, para suprir carências biopsí-quicas, biofísicas e biossociais que todo ser humano tem.

Capoeira ''na'' escola?

O coneito mais indicado a seguir é o da capoeira ''da'' escola, pois aí sim esta arte pode ser usufruída como algo que agrega valor ao processo pedagógico, pois intera-gindo torna-se possível a interdisciplinari-dade tão comprovadamente necessária por diversos educadores.

Qual a grande contribuição da capoeira?

Por permitir uma gama de possibili-dades de encontros com a diversidade (ritmo, poesia, música, exercícios, lide-rança, diálogo, comunicação, cultura) e com a brasilidade, a capoeira mostra-se como uma excelente desenvolvedora de autoconhecimento e autoestima.

Que se espera do educador e profissional da capoeira?

Sobretudo, que seja um facilitador do desenvolvimento das crianças, permi-tindo-lhes brincar e explorar suas liber-dades de movimentos, criatividades e expressões corporais.

Como estabelecer uma dinâmica de trabalho com capoeira na escola?

Partindo da organização, o profissional da capoeira deve apresentar-se bem, cum-prir horários, definir metas, otimizar seu tempo, compor um projeto de capoeira pedagógica (como os exemplos que traz o Capítulo V), sem esquecer do marketing, habilidade inerente a todo empreendimento que almeje o sucesso (também detalhado neste livro).

Como planejar aulas de capoeira?

O Capítulo IV compartilha de forma explicativa 8 movimentos (como, por exemplo, a bananeirinha, caranguejo maluco e a cocorinha) e mais 19 atividades lúdicas (siga-o-mestre, reloginho e futeca-poeira) dirigidas ao ensino da capoeira a partir de golpes básicos para, como sugere o autor, alavancar novos usos e movimentos.

Como organizar eventos?

Entender o tamanho do evento (peque-no, médio ou grande) é o primeiro passo, segundo o autor. Ademais, todos são impor-tantes, mas têm diferentes objetivos e tempos para acontecerem. Outros detalhes como tema, data, local, apoios, divulgação e atividades extras também são deta-lhadamente explicados, inclusive com um modelo de projeto de pedido de patrocínio. Seguindo esses passos fundamentais, a probabilidade de o evento ser um sucesso é grande, sendo a motivação dos alunos e a exibição do resultado das aulas a pais e escolas os maiores retornos que os eventos podem proporcionar.

Contracapa

Charles Pimentel,
editor

A capoeira vem de ânsias por liberdade que escravos como Zumbi, do quilombo de Palmares, expressavam em movimentos de ataque e esquiva acompanhados de música. Com o fim da escravidão, maltas em grandes centros urbanos brasileiros, como Recife, Salvador e Rio de Janeiro, passaram a usar esta arte para fins escusos, levando-a ao Código Penal de 1890.

Mestres históricos da capoeira, como Bimba e Pastinha, por ressignificarem, respectivamente, os estilos da capoeira em "regional" (objetivo, veloz) e "angola" (ritual e cadenciado), sintetizando ou re-forçando valores, levantaram essa arte marcial da estigmatização à "modalidade desportiva", aprovada em 1972 pelo Ministério da Educação e Cultura, inserindo-a em outras classes sociais.

Hoje, com praticantes em todo o território nacional e em aproximadamente 200 países, a capoeira é uma das mais eficientes divulgadoras de nossa cultura, sendo inclusive Patrimônio Cultural Brasileiro desde 2008 e já está há tempos inserida na educação formal.

Porém, a luta continua no século XXI, só que desta vez por um desenvolvimento psíquico, físico e social saudável do ser humano, desde a infância e a adolescência, idades em que ocorrem as consecutivas descobertas de si e do mundo, assim como a formação do caráter.

O grande diferencial deste livro está em pedagogizar a capoeira, levando em conta a construção da consciência (fundada primeiramente na ação concreta) que permita interação social através da expressão corporal. Também explica, contextualiza e incentiva novas dinâmicas de trabalho com capoeira, desde preparações de aulas (exercícios físicos e lúdicos), projetos pedagógicos e organizações de eventos até uma série de ações de marketing para profissionais da capoeira exercerem melhor sua profissão. Essas atitudes têm muito a ver com o ''aprender sempre'', como defende Fábio André Castilha, a partir do axioma socrático que todo educador deveria seguir: "Só sei que nada sei!"

Prefácio

Paulo Sérgio da Silva
(mestre Paulão Muzenza), mestre de capoeira e professor de Educação Física

Ao longo dos meus 49 anos de capoeira, e 41 de mestre na nobre arte, tive o imensurável prazer de ver o seu crescente pedagógico através dos tempos.

Na década de 60 e início da de 70, existiam vários pesquisadores em busca de autores dos séculos XIX e XX que tivessem metodologias para o ensino da capoeira, em especial, a descritiva, ou seja, ensinar como se realizam os movimentos individualmente nos seus pormenores. Essa busca, geralmente, visava ao aprimoramento da performance dos seus praticantes adultos e adolescentes do sexo masculino, embora já praticada por crianças e mulheres de forma um tanto tímida. Em geral, as aulas eram ministradas coletivamente, ou seja, adultos, adolescentes e crianças de ambos os sexos; todos numa mesma turma.

As décadas foram passando e a valorização da capoeira como ferramenta educacional começou a aflorar, alicerçando o seu valor pedagógico desde a educação infantil até o ensino superior. Porém, como sabiamente lembra o nosso dileto prof. ms. Fábio André Castilha, citando Rousseau, "uma criança não é um adulto em miniatura". A partir dessa máxima, podemos ter a certeza da imperiosa necessidade de os profissionais de capoeira que atuam no âmbito escolar buscarem valores que possam ser agregados dentro das sua atuações no processo pedagógico das instituições de ensino.

Embora a capoeira já tenha um forte alicerce pedagógico nas escolas, é notória a carência de obras como esta, que abordem a história, o crescimento e o desenvolvimento infantil, o conceito "na" escola, os conteúdos, as atividades práticas e elaboração de eventos capoeirísticos. Sem dúvidas, o autor soube transmitir seus conhecimentos e experiências adquiridos ao longo dos anos, pois esta obra é de agradável assimilação, sempre em sintonia com a proposta de seu título: Aspectos pedagógicos da capoeira.

Prólogo

Paulo Ernesto Antonelli
Prof. doutor do Centro Desportivo da Universidade Federal de Ouro Preto / MG

Quando recebi o convite para apresentar esta obra, confesso que de imediato senti o peso da responsabilidade em cumprir tal missão, por se tratar de tão importante livro, não só pelo tema em si, mas, sobretudo, pela roupagem que o mesmo traz nas dimensões educacionais e da reinstauração dos valores humanos e humanitários – quase em desuso em nossos dias.

Todas as ideias deste livro estão sedimentadas em formidáveis trabalhos práticos em escolas e instituições e corroborada pelas pesquisas de nosso ilustre autor, Fábio André Castilha, na área da Educação Física. Por certo, não foram escritas tão somente para cumprir exigências acadêmicas, pois se percebe a atenção ao processo como um todo, desde os períodos não distintamente registrados da história da capoeira, passando pela explicação das fases de recorrentes dificuldades dessa arte em sobreviver, até as inserções na área da Educação Física.

É por conta dessa profundidade e metodologia que este livro pode ser considerado uma inquestionável ferramenta de trabalho para profissionais de Educação Física, bem como, demais interessados em capoeira, até porque também traz dicas de anos de vivências na prática dessa arte, dentro e fora das escolas.

Na atenciosa leitura de cada capítulo, nota-se, então, o cuidado tido em abarcar desde as variáveis da história e características peculiares da capoeira, passando pelos extratos do desenvolvimento infantil, tendo como pano de fundo as contribuições que a capoeira pode oferecer nesta fase da vida do ser humano até as provocações pertinentes à organização, planificação, estratégias, métodos e realização de eventos.

Penso que, a capoeira pode ser reconhecida como a mais distinta expressão da cultura brasileira mesclada com: artes-marciais, esporte e música. Nesse universo, percebo uma das formas de apropriação dos valores da capoeira como parceira da Educação Física. O mais pleno desenvolvimento possível de todas as funções psicomotoras – tão fundamentais e importantes, muito especialmente para as crianças –, que podem ser extraordinariamente bem trabalhadas, recordadas e reapropriadas ao seu tempo e modo para o ser humano como tal.

Por isso mesmo, este trabalho perpassa os limiares de um simples livro, pois minimiza as dificuldades e os obstáculos das propostas no campo prático, porque, na verdade, provoca e desafia a re-leitura das pessoas na dimensão da cidadania, e, portanto, da contribuição para com elas no que tange aos valores instaurados.

É imperioso afirmar que a Educação Física brasileira é hoje um pouco mais rica, encorpada e robusta não só porque conta com uma nova referência bibliográfica, mas porque é revelado mais um estudioso pesquisador que nunca abaixa sua guarda mesmo em dificuldades expressivas, e, dessa forma, deixa nobre, dignificante e ainda mais responsável o exercício profissional da Educação Física na sociedade atual.

Obrigado, então, ao ilustre professor ms. Fábio André Castilha, pela convivência e aprendizado e pela fidalguia, reconhecimento e consideração que teve ao lembrar justamente daquele tempo, diga-se de passagem, onde aprendi muito mais do que ensinei, no que se refere aos extratos acadêmicos que devem consolidar as pilastras do ensino superior. Creio que ambos tiveram uma melhor formação universitária.

Deixo, mais uma vez, minhas reiteradas e efusivas congratulações ao autor e um desejo de boa leitura e bom proveito a todos.

Apresentação

A capoeira é uma modalidade de luta e expressão cultural criada no Brasil no período da colonização, que acabou propiciando aos escravos africanos e seus descendentes uma poderosa ferramenta de defesa pessoal contra os maus-tratos de seus senhores. É caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando pés, mãos, cabeça, joelhos e cotovelos acrobaticamente e, sobretudo, distingue-se da maioria das outras atividades marciais pelo o fato de ser acompanhada por música.

Considerada uma arte marcial genuinamente brasileira, hoje em vertiginoso crescimento, a capoeira sofreu muito com preconceitos e repressões no passado. Sua prática foi inclusive proibida pelo Código Penal brasileiro por diversos anos. Porém, apesar de sua concepção desordenada e atípica, sobreviveu a todas as intempéries sofridas e se desenvolveu ao longo dos anos, saindo da informalidade para inserir-se no contexto formal da sociedade brasileira. Alcançou um novo patamar depois de sua inserção na educação formal, quando passou a ser ministrada de maneira ordenada a partir da década de 30.

A capoeira lúdica, jogada, cantada e musicalizada é a que se mantém até os dias atuais, vencendo estigmas antigos, chegando inclusive às instituições de ensino superior, primeiramente, como disciplina em cursos de Educação Física e, posteriormente, no final da década de 90, como tema de cursos de pós-graduação lato sensu.

Longa tem sido a busca pela profissionalização da capoeira, e, sendo assim, a necessidade da constante atualização e aperfeiçoamento dos profissionais que com ela trabalham é fato, e não pode ser ignorado! Em face da globalização, do avanço tecnológico e das facilidades de propagação do conhecimento – evolução muito bem-vinda –, todo e qualquer profissional, independente da área em que atue, corre o risco de ficar desatualizado se não se adaptar aos novos tempos de trocas de saberes e se atualizar constantemente.

Diante disso, esta obra, fruto de minhas pesquisas e experiências com capoeira dentro de instituições formais de ensino em todos os níveis – da educação infantil ao ensino superior, ao longo de vários anos –, vem cumprir o papel de informar sistematicamente (manual didático-pedagógico) o ensino da capoeira na escola para profissionais iniciantes neste trabalho em âmbito escolar e para os de Educação Física ou Pedagogia já inseridos nesse contexto e que desejam utilizar a capoeira como conteúdo ou estratégia metodológica no exercício de sua profissão.

Em um primeiro momento, no Capítulo I, apresenta-se de maneira sucinta um breve histórico e caracterização da capoeira, focando o período de formalização do seu ensino.

No Capítulo II, aborda-se crescimento e desenvolvimento motor, enfatizando as contribuições da capoeira na formação e no desenvolvimento psicomotor, social e afetivo das crianças.

Posteriormente, no Capítulo III, disserta-se sobre o conceito de capoeira dentro da escola, como ferramenta educacional, e aborda-se, no Capítulo IV, os conteúdos inerentes a essa prática. Também são apresentadas algumas propostas de estratégias metodológicas para o ensino da mesma, assim como um modelo de planificação de aulas, considerado de suma importância para o desenvolvimento destas durante o ano letivo, em qualquer segmento educacional.

No Capítulo V, parte-se para atividades práticas, onde mostra-se uma dinâmica de trabalho adotada pelo Projeto Capoeira Pedagógica, desde a apresentação de um projeto para implantação da disciplina Capoeira dentro da escola, divulgação do trabalho, desenvolvimento das aulas ao longo de um ano letivo, retenção de alunos etc. Traz-se aqui uma proposta completa voltada ao profissional que pretende iniciar um trabalho de capoeira em nível pedagógico.

Por fim, no Capítulo VI, há um modelo de elaboração de eventos capoeirísticos dentro da escola, desde uma breve apresentação com os alunos em alguma data festiva até a organização de batizados, festivais, ou campeonatos interescolares, fundamentais para o desenvolvimento e divulgação do trabalho de capoeira dentro da escola.

O autor,
Foz do Iguaçu, dezembro de 2012

Sumário

Agradecimentos / 7
Prefácio
     Paulo Sérgio da Silva  / 9
Prólogo
    Paulo Ernesto Antonelli  / 11
Apresentação / 15
Capítulo I  - Histórico e caracterização da capoeira / 23

Africana ou brasileira? / 24
Cronologia / 26
Ressurreição e ascensão / 29

Os estilos / 34

Angola / 34
Regional / 37
Contemporânea / 40
Graduação / 40

Os movimentos / 42

Ginga / 43
Cadeira / 43
Negativa / 43
Aú  / 44
Esquivas / 44
Ponteira / 44
Benção / 45
Meia-lua de frente / 45
Martelo / 45
Armada / 47
Meia-lua de compasso / 46
Floreios / 47

Os instrumentos  / 48
O berimbau / 48
Outros instrumentos / 50

Capítulo II - O desenvolvimento infantil e a capoeira / 53

Primeira infância: 0 a 6 anos / 54
Infância média: 6 a 12 anos  / 58
Adolescência: 12 a 18 anos / 61
Desenvolvimento infantil e capoeira: aliados? / 64

Capítulo III - Capoeira na escola: organização e estratégias
metodológicas / 71

Capoeira x psicomotricidade / 77

Capítulo IV - Trabalhando com aulas de capoeira / 81

Atividades psicomotoras / 82

Caranguejo maluco 1 / 82
Caranguejo maluco 2 / 83
Bananeirinha / 84
Bananeira 3 apoios / 85
Rolamento ou cambalhota / 85
Cruzando a ponte da capoeira / 86
Cocorinha saltitando por sobre a corda / 88
Circuito da capoeira / 88

Atividades lúdicas / 89

Estátua da capoeira / 89
Capitão do mato / 90
Imitando os animais / 92
Capoeira escondido na toca / 93
Corrente de capoeiras / 94
Salvo pela cocorinha / 94
Siga o mestre / 95
Roda dos números / 95
Estafetas da capoeira / 96
Capoeira angola ou regional?  / 96
Pega o rabo do colega  / 97
Reloginho /  / 98
Futecapoeira / 99

Atividades com bexigas ou balões / 101

Corrida da corda / 102
Movimentos de capoeira sobre ou sob uma corda / 104
Jogo de capoeira amarrado  / 105
Colorindo a história da capoeira / 105
Moldura de capoeirista / 106
Planificação de aulas / 107
Etapas de um plano de aula voltado à capoeira / 107
Modelo de plano de aula 1 – capoeira pedagógica / 108
Modelo de plano de aula 2 – capoeira pedagógica / 112

Capítulo V - Dinâmica de trabalho / 115

Organização / 115
Otimizando o tempo / 118
Procedimentos para implantação de um projeto de
capoeira pedagógica em uma instituição de ensino / 120
Modelo de projeto de capoeira pedagógica / 121
Projeto aprovado... e agora? / 123
Estratégias de marketing na capoeira / 125

Capítulo VI - Elaboração de eventos / 131

Eventos pequenos / 132
Eventos médios / 133
Eventos grandes / 134
Organização de eventos capoeirísticos / 137
Etapas posteriores / 145
Semana do evento: os organizadores não descansam! / 147
Durante o evento / 147
Evento - Sistemática operacional / 147
Atividades extras / 148

Considerações finais / 151
Referências / 153
Sobre o autor / 157

 
 

 

   
   
      


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