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Filosofias da morte

Coordenadores: Cínthia Roso Oliveira, Edison Martinho Difante, Francisco Fianco,
Nadir Antonio Pichler

Autores: Cleber Pagliochi, Lutecildo Fanticelli, Regiano Bregalda, Marcelo J. Doro
Pág.: 196
Edição: 1ª
Formato: 14x21cm
Idioma: Português
Lançamento: 2011
ISBN: 9788589769969

r$ 28,90

 

 

 

 

Texto de contracapa

O objetivo desta obra é descrever e analisar alguns fundamentos filosóficos, históricos e atuais concernentes ao processo da morte e do morrer, enquanto condição humana e natural, na perspectiva racional. Ela é resultado de pesquisas e discussões do Grupo de Estudos, constituído por professores e alunos do Curso de Filosofia e da Área de Ética e Conhecimento da Universidade de Passo Fundo (UPF), vinculado ao projeto de pesquisa institucionalizado "Caminhos da bioética: principialismo, ética e animais não-humanos, meio ambiente e o processo da morte e do morrer".

Dessa forma, os capítulos do livro estão ancorados nas abordagens filosóficas da morte em Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Kant e Heidegger e nas visões da imanência, finitude e negatividade do pensamento barroco, no problema da identidade, com algumas contribuições da física quântica, e em alguns acenos históricos e atuais da bioética.

Apresentação

Os organizadores

O homem, pelo fato de possuir consciência de sua existência, também tem consciência de sua finitude e, consequentemente, da morte. A possibilidade da morte biológica, próxima ou vindoura, é algo inerente a todos os seres vivos. Acredita-se que inclusive o universo, com uas galáxias, estrelas, asteroides, poeiras, planetas, também possua uma existência finita.

Tudo o que surge, desenvolve-se, multiplica-se, reorganiza-se, explode, implode, tem um fim ou transforma-se em algo. Ora, o homem é um ser integrante dessa aventura cósmica. O grande diferencial, pelo menos na perspectiva antropológica, é que o homem tem consciência do passado, do presente e das possibilidades do futuro. Ele sabe que está inserido numa dimensão temporal e espacial. Por isso, é capaz de procurar explicações sobre o fenômeno da morte e do processo de morrer.

Para os filósofos antigos, principalmente para Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Sêneca, Epicteto, a filosofia é um remédio para os males da alma, para a vida interior. Por meio dela, o sábio torna-se mais feliz, porque é capaz de compreender os problemas contingenciais da natureza humana, principalmente aquele que mais suscita pavor nos homens, que é a morte. Aceitar e filosofar sobre a morte é, de certa forma, aprender a viver.

Especificamente para Aristóteles, aprender a morrer, por meio de argumentos filosóficos, é aprender a viver. E o sábio, pela busca da sabedoria, quanto mais mergulha na atividade Nadir-filosofias da morte da vida contemplativa, mais está preparado para enfrentar a morte e o processo de morrer.

Já na visão de Epicuro, a morte não é nada para o sábio, porque todos os bens e os males passíveis de escolha e rejeição estruturam-se em torno das sensações. Ora, a morte é justamente ausência de sensação, ou seja, enquanto o homem existe, vive, a morte está ausente, e quando ele morre, quando a morte acontece de fato, o homem já não existe mais. Por isso que a morte não é nada nem para os vivos nem para os mortos. Cabe ao homem sábio, ao sensato, manter uma postura altaneira, capaz de transcender as vicissitudes contingenciais, principalmente o medo da morte.

Na modernidade, no período Barroco, o homem procura, por meio da arte, encontrar razões para compreender a morte, por meio de uma visão de mundo pautada na existência melancólica, ensaiando uma vitória simbólica sobre a morte. Ainda na modernidade, Kant considera que o sumo bem só é possível de ser alcançado se a imortalidade da alma e a existência de Deus forem admitidas. A morte não é discutida na filosofia kantiana, mas a defesa da tese da imortalidade da alma passa pelo problema em questão. Portanto, para Kant a morte seria apenas do corpo físico, enquanto a alma seria imortal.

Já para Heidegger, filosofo contemporâneo, o homem é um ser-para-a-morte. A morte é a possibilidade da impossibilidade, isto é, quando ela ocorre cessam todas as possibilidades existenciais. Quando o homem toma consciência dessa condição humana, ele consegue despertar e isso gera a angústia, que faz com que o homem supere o estado de vida inautêntica, em que está mergulhado pela influência da cultura, e alcance uma vida autêntica. Por isso, a condição de ser-para-a-morte gera a possibilidade de transcender o estado de inautenticidade.

Na perspectiva da física quântica, a morte é um processo em que o corpo enquanto unidade se acaba, gerando uma dispersão de energia que antes existia como unidade apenas implicada Cínthia Roso Oliveira, Edison Martinho Difante, Francisco Fianco, Nadir Antonio Pichler (Coords.) numa rede de inter-relações. Da mesma forma, a consciência
também parece existir apenas como algo que depende das interrelações estabelecidas em um contexto.

Atualmente, a morte passou do campo público ao privado, visto que a sociedade passou a ser regida pela aparência, pelo individualismo e pelo belo. Consequentemente, a morte tem sua máxima na exclusão e na solidão, ou seja, na ausência do outro. Assim, o objetivo do livro Filosofias da morte é descrever e analisar alguns fundamentos filosóficos, históricos e atuais concernentes ao processo da morte e do morrer, enquanto condição humana e natural, na perspectiva racional. Ele é resultado de pesquisas e discussões do Grupo de Estudos, constituído por professores e alunos do Curso de Filosofia e da Área de Ética e Conhecimento da Universidade de Passo Fundo (UPF), vinculado ao projeto de pesquisa institucionalizado Caminhos da bioética: principialismo, ética e animais não-humanos, meio ambiente e o processo da morte e do morrer.

Dessa forma, os capítulos do livro estão ancorados nas abordagens filosóficas da morte em Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro, Kant e Heidegger e nas visões da imanência, finitude e negatividade do pensamento barroco, no problema da identidade, com algumas contribuições da física quântica, e em alguns acenos históricos e atuais da bioética.

Sumário

Apresentação  /  7
A morte como um ponto de interrogação
a ser desvendado
(Cleber Pagliochi, Cínthia Roso Oliveira)  /  15

A  vida e a morte diante de alguns aspectos históricos  /  18

A morte pela classificação evolutiva do homem  /  18
A morte para algumas posições orientais e ocidentais  /  20
Abordagem sociológica da morte  /  21
A morte diante do ideal da vida eterna  /  23
A morte diante do ideal de transformar o mundo  /  24
A morte diante do ideal da realização pessoal  /  25

A morte como ato de falecimento  /  26
A morte como parte da existência humana  /  27
Tanatologia - a morte vista pela ciência  /  28
Considerações finais  /  29
Referências  /  31

A questão da morte no pensamento de Platão
(Nadir Antonio Pichler, Lutecildo Fanticelli)  /  33

Os pensamentos de Sócrates e de Platão  /  34
Os principais preceitos socrático-platônicos  /  36
O misticismo socrático-platônico  /  37
A doutrina escatológica de Sócrates  /  41
Os graus da morte em Platão  /  50
Considerações finais  /  51
Referências  /  52

O sentido soteriológico da morte em Aristóteles: ensaio
(Nadir Antonio Pichler, Lutecildo Fanticelli)  /  53

Aprender a morrer é aprender a viver no mundo grego  /  54
A morte no sistema aristotélico  /  56
A possível relação entre a “felicidade perfeita” e o sentido
da morte  /  58
Considerações finais  /  60
Referências  /  60

O destemor da morte em Epicuro (Nadir Antonio Pichler)  /  63

Sistema epicurista  /  64
A morte não é nada para o sábio  /  68
A função da filosofia sobre a morte  /  70
Considerações finais  /  71
Referências  /  71

O cavaleiro, a morte e o diabo: imanência, finitude e negatividade no pensamento barroco (Francisco Fianco)  /  73

Imanência e historicidade  /  76

O contexto histórico-cultural do século XVII  /  77
A figura do soberano como vinculação histórica  /  80

Finitude  /  84

Melancolia  /  84
A imagem de Saturno  /  88

Negatividade  /  91

Conhecimento alegórico  /  92

Considerações finais  /  96
Referências  /  99

A morte: alguns desdobramentos na filosofia
kantiana (Édison Martinho da Silva Difante, Regiano Bregalda)  /  101

A noção de sistema em Kant  /  102
O suicídio, a morte e a moralidade  /  103

A regra moral enquanto imperativo da razão humana  /  103
Suicidar-se: uma máxima contraditória  /  107
Morrer para uma vida futura  /  111

Os postulados de imortalidade da alma e da existência
de Deus  /  113

Deus e alma  /  113
O sumo bem: objeto da moralidade  /  115

Considerações finais  /  120
Referências  /  121

O sentido existencial da morte: uma interpretação
a partir do paradigma heideggeriano (Marcelo J. Doro)   /  123

O paradigma heideggeriano  /  124
A existência decadente e a compreensão errônea da morte  /  129
O conceito existencial da morte  /  135
Considerações finais: a confirmação do ser-para-a-morte
pelo diagnóstico de doenças crônicas  /  142
Referências  /  147

A morte e o problema da identidade:
Há algo da pessoa que sobrevive após a sua morte?
(Cínthia Roso Oliveira, Cleber Pagliochi)  /  149

A morte e algumas posições filosóficas sobre a identidade  /  151
O problema da identidade e a física moderna  /  155
O problema da identidade e algumas concepções
filosófico-religiosas orientais  /  165
Considerações finais  /  171
Referências  /  174

Algumas perspectivas sobre o fenômeno da morte
no mundo atual (Édison Martinho da Silva Difante, Regiano Bregalda)  /  177

Aspectos do contexto da morte  /  179
A morte enquanto coisificação  /  180
Os cinco estágios do ser humano
diante da morte  /  182

Primeiro estágio: choque e incredibilidade  /  183
Segundo estágio: a ira, rancor, a raiva  /  184
Terceiro estágio: barganha  /  185
Quarto estágio: depressão  /  186
Quinto estágio: aprovação  /  187
Breve reflexão dos cinco estágios  /  189

Considerações finais  /  192
Referências  /  193

 
 

 

   
   
      


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